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Artigos sobre Franchising

A Unidade Piloto

Uma vez definido o conceito de negócio é necessário experimentá-lo em pelo menos uma unidade piloto. de forma a que o modelo criado possa ser confrontado com a experiência operacional, permitindo, se necessário, redefinir métodos e procedimentos. Assim, devem levantar-se questões do tipo:
- Quem é o nosso consumidor?
- Qual é o nosso serviço?
- Qual é a nossa concorrência?
- Onde está e estará o nosso mercado?
- Que know-how próprio nos distingue?
Ao longo deste percurso o negócio vai-se delineando, e tem que ficar claro para terceiros.
Depois de definido o conceito de negócio é necessário verificar a que potência ele pode ser elevado, isto é, o factor de multiplicação da rede. A justa e equilibrada definição da área de concessão a licenciar, constitui pois uma das chaves de uma estratégia de sucesso na planificação da rede. Daí a segunda fase ser a definição e análise da rede.
A terceira fase é a viabilidade. É imprescindível que o negócio seja viável do ponto de vista económico-financeiro.
Uma vez definido, no plano teórico, o conceito de negócio, deverá proceder-se, no plano operacional, à instalação e implementação da unidade-piloto com o objectivo de confirmar a viabilidade do negócio. Tratar-se-á de um teste real sobre o terreno. A fase da unidade piloto é o exame do franchisador na habilitação de poder franquear o negócio com toda a propriedade e em toda a consciência. Caso venham a ser definidos mais do que um tipo ou formato de ponto de venda, a primeira decisão a tomar será a escolha do conceito que vai ser testado pela unidade-piloto. No caso de haver dois formatos diferentes, pode decidir-se sobre o teste de ambos, abrindo duas unidades-piloto. A segunda decisão prende-se com a escolha da área de concessão/território exclusivo para a implantação da unidade-piloto. Depois de seleccionado e contratado o espaço destinado à unidade-piloto, haverá que:
- Adaptar o projecto tipo de arquitectura, decoração e equipamento, à realidade física da unidade;
- Assistir tecnicamente o empreiteiro e controlar a execução de obra;
- Proceder à organização básica multifuncional do ponto de venda;
- Acompanhar as fases de abertura e lançamento do ponto de venda.
O conceito a franchisar deve ser objectivo e estar bem identificado. O franchisador deve ser capaz de afirmar, sem dúvidas, qual a fórmula do sucesso do seu negócio. A criação de uma unidade piloto é fundamental. É aqui que o franchisador deve testar todo o conceito, pelo menos durante um ano, antes de decidir franchisá-lo. A unidade piloto funciona como um laboratório e serve para:
- Testar e adaptar os processos;
- Testar o lançamento de novos produtos;
- Avaliar a evolução do conceito.
Deste modo, a unidade piloto é uma unidade que deve ser implantada, operada e gerida pelo próprio franchisador, por sua conta e risco, servindo de espelho para a rede. Trata-se de um protótipo para o teste prático do conceito que estará sendo franchisado. Ou seja, deve ter as mesmas características, incluindo mix de produtos e serviços, tipo de localização, Layout, políticas operacionais, sistemas e tudo mais, do típico estabelecimento que será operado pelos futuros franchisados. Muitas vezes, é aqui onde se realiza o treino prático dos franchisados.

Jose Vieira Lopes - Managing Director Teamvision Franchise Services